9 de jun. de 2009

Saudade + Mônaco = SENNA

Aí turma, como nunca é demais falar de Ayrton Senna, vou publicar aqui um texto sobre a façanha deste herói a 25 anos atrás, créditos no final:



Chuva no Principado.


O ano é 1984, o local Principado de Monte Carlo (MONACO), inicio do mês de Junho! A exatos 25 anos o mundo dos admiradores da formula 1 tinham seus olhos voltados para: Alan Prost, Niki Lauda e principalmente para campeão do ano anterior o brasileiro Nelson Piquet. Foi então que uma mescla de domínio, talvez guiada por Chronós (Deus do tempo do clima) e Hermes (Deus da velocidade) acabara de desabar sobre um jovem piloto em uma pequena e quase desconhecida equipe.

Naquele dia no auge dos meus 11 anos, comecei a me interrogar! Quem era o rapaz impetuoso, que surgia das últimas posições fazendo frente aos grandes nomes da velocidade? Quem era aquele piloto, que começava a chamar a atenção dos jornalistas que ali estavam?

Aquele 3 de Junho de 1984 já começara com características de uma corrida atípica, por causa da chuva a largada chegou a ser atrasada por 45 minutos, tudo isto para se esperar melhores condições.
Durante a prova a chuva que parecia ter dado uma trégua, torna-se quase um dilúvio, carros cada vez mais lentos outros não conseguiam nem ao menos permanecer na pista. Outros tentavam passar pela Saint Devot como se fossem barcos enfrentando uma correnteza.

Foi sob este cenário que este jovem piloto, que largara na 13ª posição começa a ganhar mais e mais posições, além da atenção das lentes das câmeras de TV, um a um ele ia deixando para trás seus concorrentes, naquilo que teoricamente era impossível! Pilotar em Mônaco com toda aquela chuva. Em pouco tempo estava o vendo já entre o seis primeiros, uma volta depois estaria em quarto, naquele instante pensei! Será que ele pode ganhar?

Enquanto isto a direção de prova sob o comando do ex piloto Jacky Ickx discutia se era possível que a prova chegasse ao seu fim. Algo deveria ser feito interrope-la ou permitir que ela completasse mais de dois terços, para que os pilotos recebessem a pontuação normal?

A corrida para mim era pura emoção!! A cada instante via aquele carro branco que passara a torcer estar cada vez mais próximo de Prost, o líder da corrida neste momento. Foi então que o Sr. Ickx aparace com a bandeira quadriculada, naquele momento tive a impressão que o rapaz do carro branco passara Prost antes da bandeirada. Ainda acho isto! Mas não foi bem assim o que se viu depois!

A vitória foi dada a Alan Prost e aquele Jovem piloto em seu Toleman Hart ficara em segundo. Apontuação desta corrida foi a metade na época: 4,5 pontos para Prost. Talvez por isto mais tarde neste mesmo ano Prost acabaria punido pelo Deus Hermes, pois caso a corrida se estende por mais algum tempo certamente ele chegaria em segundo e pontuação seria completa e assim ele marcaria 6 pontos E ao invés de perder o campeonato para Niki Lauda por 0,5 ponto teria vencido por 1,0 Ponto.

De consolo para aquele Jovem, parece que Cronós e Hermes lhe contaram o segredo do tempo e dos caminhos das curvas do principado transformando-o mais tarde naquilo que já havia sido Graham Hill e que é até hoje “O REI DE MÔNACO”

E para mim resta o consolo de ter visto surgir a maior piloto de todos os tempos!!!

AYRTON SENNA DA SILVA

Luciano Moreira


* Luciano Moreira, é filósofo, professor, amante do automobilismo e irmão deste colunista que vos escreve.

1 comentários:

Que lindo !!
Não vi essa corria é claro ... mas deu pra sentir um pouco a maravilha que ela foi !
Parabéns ao Luciano pelo "retrato" que fez dela, muito legal mesmo !