Alguém sabe o que é um
vale?
Na definição da geografia: "Um vale
é um acidente geográfico cujo tamanho pode variar de uns poucos quilômetros
quadrados a centenas ou mesmo milhares de quilômetros quadrados de área. É
tipicamente uma área de baixa altitude cercada por áreas mais altas, como montanhas
ou colinas. Os vales são geralmente formados pela atividade fluvial, onde a
ação da água corrente causa a erosão do terreno. No entanto, os vales podem ser
formados por outros processos geográficos.”
E um homem do vale? Um habitante
desse acidente geográfico cercado por montanhas e à beira do rio?
No vale existem Antônios, Marias, Jorges, Suzanas, Cristianos e Lucianos. Cada um tem sua escolha de vida. Cada um opta em seguir vivendo na região que nasceu e seguir o curso do rio ou transpor as montanhas e romper as represas criadas ao longo da vida.
No vale existem Antônios, Marias, Jorges, Suzanas, Cristianos e Lucianos. Cada um tem sua escolha de vida. Cada um opta em seguir vivendo na região que nasceu e seguir o curso do rio ou transpor as montanhas e romper as represas criadas ao longo da vida.
O que um tal de Luciano do
Valle fez? Nascido em Campinas, porém com a estigma no nome optou por transpor
as montanhas e romper as barreiras com seu volume de idéias e sonhos.
Luciano era do Valle. Não
importa se era do Paraíba, do São francisco, do aço, do silício ou do Anhangabaú. Seu
destino era fazer a diferença. Ser apenas o locutor numero um da principal rede
de TV do Brasil e inventar jargões era pouco para quem nasceu pra ser o
diferencial sem ser a estrela.
Na verdade, em 1983, a força
do Valle resolveu como um rio faminto e cheio, ser o caminho e a forma de
ampliar a visão dos que viviam enjaulados só na teclas do controle remoto e impostas por
uma só paixão. Com a força do rio e a visão além das montanhas, nos mostrou
outras formas de esporte. Assim, conhecemos: Hortências, Paulas, Renans, Xandós
e Marthas. Ruys, Maureens, Jordans e Caetanos. Isso sem se esquecer que o peso e a memória vem nas águas do
rio, nos trouxe o passado, com Rivelinos, Edu’s, Perreiras e Cafuringas. Nos fez
até tentar acreditar que Maguilas eram melhores que Tysons.
O seu objetivo foi
alcançado. Qual o ignorante irá contestar seus feitos? Qual letrado contestará que o que ele fez pelo esporte foi maior do que federações, COB’s e CBX’s fizeram? Nosso homem do vale não se aproveitou
de talentos prontos e com feitos para se vangloriar e sim fez o caminho para que
nós os conhecêssemos.
De forma inesperada o fim
da linha para ele chegou, assim com foi com Michael Jackson, Janis Joplin e
Gilles Vileuneuve. A história ficou incompleta.
Para esse instante só nos
resta lembrar alguns momentos de êxtase que ele nos porprocionou e usar suas
palavras na última vitória brasileira por ele narrado na Indy 500 em 2013 como
fim de texto:
“ Chora o Tony (seja ele
Kanaan, Rodriguez ou Vaz) e nós Também”.
Por:
Ávilas Rocha
Por:
Ávilas Rocha