Hamilton, Pérez, Schumacher e a dança das cadeiras

A temporada 2012 da F1 não agitada apenas dentro das pistas, fora delas o mercado esquentou e a sexta-feira foi agitada

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Finalmente começaram a chegar. Já tem sem noção com os ingressos para o GP do Brasil nas mãos

Comentários sobre o GP de Cingapura

Hamilton quebra e dá a vitória para Vettel; quem agradece é Alonso, terceiro colocado

Calendário 2013

A FIA divulgou as datas dos grandes prêmios da próxima temporada. A novidade é a estreia de Nova Jersey

Monza-1972, dois relatos e a mesma paixão

40 anos do primeiro título de Emerson Fittipaldi

4 de mai. de 2014

Rei morto, Rei Posto.


        Voce se lembra do ano de 1994? Eleição do FHC colhendo os louros do plano real, plano este criado por Itamar Franco, seu ministro Rubens Ricupero e a sua equipe econômica. Ano que o Brasil saiu da fila no Futebol, com galvão bueno gritando o famoso: “ É TETRA, É TETRA, É TETRA!!!”, você se lembra ou só te contaram sobre isso? Voce viu ou lhe fizeram acreditar sobre os milagres de 1994?

        E o 1º de maio de 1994? O dia do trabalho. Data tão festejada no século passado que acabou virando só mais um dia de folga, assim como são tantos outros feriados que não são vivenciados como datas, mas sim como lazer. Quem tem mais de 30 anos pode descrever  bem o que foi o 01/04/94. Não um dia do festejo do trabalho, mas sim, o dia da morte do maior idolo que o Brasil teve. Não tem Pelé, Roberto Carlos, Getulio Vargas ou loiras. Foi o dia quê, quando todos estavam esperando mais uma manhã de vitória e alegria, a incerteza tomou conta. O Brasil das vitórias, o Brasil da alegria que o ídolo porprocionava, virou o Brasil da interrogação. Cinco horas de agonia e esperança, até a morte anunciada.  
E o que você fazia, o que o Brasil fazia nesta data? Uns estavam na igreja, outros jogando bola. Uns viajando, outros trabalhando. Muitos ligados na TV, outros começando namoros e marcando encontros pós corrida.
O ídolo se foi, Senna Morreu. Fizeram filmes, musicas, revistas, estátuas, avenidas e mais coisas, mas o seu legado nesses vinte anos o que proporcionou? Bom, para quem acompanha a velocidade, a realidade é dura.
O fantástico piloto e o ídolo brasileiro se mixaram. Foi criada a imagem do super vencedor, o defensor das criançinhas e dos necessitados, o super homem que cura cancer e unha encravada.
 E assim,  aos que gostam de ganhar e não da magia da velocidade, o seu poder seria passado para os descendentes. Isso aconteceria de forma natural, Senna com seu cajado mágico faria os 16 discípulos que o suscederam e que largaram na F1 até hoje, baterem schumacher, Alonso, Hamilton e  Vettel. O fantástico mundo da velocidade brasileira, sem apoio, sem invetistimento, sem preparação e só vivendo das glórias de Landi, Emerson, Pace, Piquet, Senna, Ferran, Castro Neves e outros seria mantida.
Mundo Cruel o da roda, né? Mundo injusto aos que esperam apenas o resultado. Aos que buscam dizer:  Ganhamos porra!!! Ou, Amarelão do Caralho!!! Seriam nossos 16 postumos pilotos tão incompetentes? Seriam nossos 16 pilotos tão azarados? Seriam eles perseguidos por equipes, humilhados e chicoteados senão abrissem passagem ou batessem de propósito?
Não meus caros, Rubens Barrichello, Cristian Fittipaldi, Antonio Pizzonia, pedro paulo Diniz, Cacá Rosset, Tarso Marques, Ricardo Zonta, Luciano Burti, Henrique Bernoldi, Cristiano da Matta, Felipe Massa, Nelson angelo Piquet, Bruno Senna, Lucas de Grassi, Mauricio Guguelmin e Roberto Pupo moreno não eram, não foram e não são Senna. 
Tivemos que listar todos os pilotos brasileiros que largaram na F1 depois da estréia de Senna, para tentar alertá-los que os gênios e campeões não nascem na grama, aliás, tem que comer muita grama, areia, poeira e bater com a cabeça na barreira de pneu para se fazer um campeão. Não que os que listamos e os que vierem a sentar num formula um não o sejam. Todos tentam de alguma maneira, mas apenas os diferenciados são os escolhidos.
        Assim aos que ainda vivem entre 84 e 94, aos que dizem que bons eram aqueles tempos, já passou da hora de acordar do sonho e saber que a realidade hoje no automobilismo não combina com nacionalismo e orgulho de bandeira em punho. Aos que querem saber quem vence sempre, a moda da vez não é nas pistas, pde ser no octogono ou nas piscinas. Aproveitem enquanto dura, pois, como no automobilismo se passaram 20 anos de seca, o mesmo acontece e acontecerá nos outros esportes e seus ciclos.
        Aos que ainda sim vivem de amor pela velocidade, esses sabem muito bem que um rei morto é rei posto. Seus feitos ficam, como a segurança depois de tantas mortes. Vinte anos sem mortes é mais que uma vitória, ver os acidentes de Kubica no Canadá, Webber em Valência ou Gutierrez no Bahrain, é um título. A coroa percorre as cabeças de novos gênios. Sejam eles alemães, espanhois, ingleses ou alemães de novo.  Quem sabe quanto tempo ainda teremos para um novo rei tupiniquim?  
Sem previsão, apenas expectativas, porém, quem gosta de velocidade não tem nacionalidade.