Existe vida diferente na temporada 2014 da formula um. Depois
das etapas da Espanha e de Mônaco com o já
esperado domínio completo das Mercedes dividido entre Hamilton e Rosberg, eis que em uma das pistas
mais sensacionais do calendário, no Canadá, a mesmice de certa forma deu lugar
a surpresa, ou no mínimo duas surpresas.
Se alguém não sabe o significado de mesmice, palavra não
tão usada no cotidiano atual, seu significado é: Repetição. Nada de
novo. Sempre a mesma coisa, e acaba enjoando. Monótono. Mas o
que é mesmice no automobilismo? Todos andam comparando a atual temporada de
2014 com a de 1988, onde, Senna e Prost venceram 15 das 16 etapas. Porém, para
os sábios formadores de opinião, foi uma temporada fantástica, a de 1988. Já a
atual, é chata. Por que será? Estamos na 7º etapa e já temos um novo vencedor,
em 1988 só na 12º Berger quebrou a hegemonia da McLaren.
Então geração imediatista, brindem um novo vencedor, o
cara que nos tirou da mesmice de um só carro vencer. Brindem ao que aparece
para botar a pulga atrás da orelha e nos deixar pensando se foi apenas um acaso
, sorte ou o início de um campeonato a três ou quatro, porque a Red Bull chegou.
Daniel Riccardo é o nome da novidade. E que novidade. Na
escolha de seu nome para substituir ao sem sal Mark Webber, muitos torceram o
nariz, muitos la na hora de saber do grid de 2104, pensaram: “QUEM?”
O jovem piloto que no máximo tinha conseguido como melhor
resultado dois sétimos lugares no período da Toro Rosso, começou 2014
endiabrado. Botando tempo no tetra campeão Vettel, fazendo podiuns e sendo “o melhor entre os piores”. Isto por quê, tem gente que vive do automobilismo mas insiste
em diminuir o espetáculo, criar campeonatos paralelos, teorias absurdas de alguem
ser prejudicado, mundos de wally, bolha de plásticos e afins, enfim.
Daniel Ricciardo entra para um seleto grupo de vencedores
dos vencedores. Atinge o segundo estágio para mais um marco na
história do automobilismo mundial em sua principal categoria. Chegar foi o
primeiro, vencer foi o segundo. No atual grid, ele é o nono piloto que venceu uma corrida. Agora
é galgar um novo patamar. Pode se
juntar aos cinco campeões atuais no grid ou virar apenas um vencedor de corridas
como Maldonado ou Felipe Massa. O certo é quê, só o tempo e os campeonatos
dirão.
A mesmice desse ano não acabou apenas na vitória. No pelotão de trás também. Nosso chofer da Marussia
falhou, sim, depois de 25 gp’s, Max Chilton bateu e não trouxe sua Marussia pra
casa. Uma pena, a torcida sem noção já estava preparando faixa em
sua homenagem para Interlagos.
Ainda bem que alguma coisa de novo aconteceu, ou não?
A forma de fascínio é que molda o modo de se ver a velocidade.
Por:
Ávilas Rocha